
Você se sente inquieto, com o pensamento acelerado, dificuldade para focar e organizar o dia? Muitas pessoas confundem esses sintomas e se perguntam: “Tenho ansiedade ou TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade)? Ou nenhum dos dois?”. Diariamente atendo pacientes consumidos pelo sofrimento e pela dúvida.
Os sintomas de desatenção e a sensação constante de estar no limite podem gerar uma enorme frustração, principalmente quando não se sabe o que está causando. Isso pode atrasar a busca por um diagnóstico correto e, consequentemente, prolongar o sofrimento.
Acredite! Não é raro eu atender pacientes que chegam relatando sintomas com duração de mais de uma década, gerando prejuízos em todas as áreas da vida.
Neste texto, vou lhe mostrar as diferenças entre ansiedade e TDAH, como seus sintomas podem se sobrepor e por que é essencial contar com o olhar especializado de um psiquiatra para encontrar clareza e iniciar um tratamento adequado.
Qual médico trata ansiedade e TDAH?
O psiquiatra é o médico especializado em saúde mental. É quem possui a formação técnica para diferenciar com precisão o que é ansiedade, o que é TDAH — e quando os dois estão presentes.
A partir de uma avaliação clínica cuidadosa, com escuta acolhedora e uso de critérios diagnósticos atualizados, o psiquiatra oferece:
- Clareza diagnóstica
- Tratamento adequado e seguro
- Acompanhamento contínuo
- Redução de riscos e complicações
Mais do que prescrever, o psiquiatra acompanha sua jornada e ajusta o tratamento conforme cada fase da vida!
Quem sou eu?
Sou o Dr. William Alves, médico psiquiatra formado pelo Hospital das Clínicas da UFMG.
Ao longo dos anos, tive a oportunidade de ajudar centenas de pessoas que sofrem com ansiedade e TDAH a reencontrarem o equilíbrio e retomarem sua qualidade de vida.
Atualmente, sou mestrando em Neurociências Clínicas também pela UFMG, desenvolvendo pesquisas voltadas para a compreensão mais profunda do funcionamento do cérebro e seus impactos na saúde mental.
Também atuo como preceptor de Medicina, contribuindo com a formação de novos médicos e incentivando uma prática ética, humana e baseada em evidências.
Minha abordagem é atenta, empática e personalizada. Cada paciente é único — e merece ser tratado como tal.
Se você busca acolhimento, escuta qualificada e um plano de tratamento feito com responsabilidade e cuidado, estou aqui para te ajudar.
O que é Ansiedade? O futuro como ameaça constante
A ansiedade é uma resposta natural do corpo diante de situações de risco ou incerteza. Todos nós sentimos ansiedade de vez em quando — antes de uma prova, uma entrevista ou uma decisão importante. O problema surge quando esse pensamento acelerado e essa sensação de alerta se tornam constantes e intensos, atrapalhando a rotina diária.
Quando vira um “Transtorno”?
O transtorno de ansiedade acontece quando os sintomas de preocupação excessiva e medo constante não são proporcionais à realidade e começam a afetar sua vida social, profissional e emocional. Os sintomas de falta de atenção, muitas vezes causados pela ansiedade, tornam difícil se concentrar em tarefas importantes.
Sintomas mais frequentes de ansiedade
- Preocupações excessivas (mesmo com coisas simples)
- Pensamento acelerado constante, como se não fosse possível desligar a mente
- Falta de atenção e dificuldade de se concentrar em atividades cotidianas
- Sensação de que algo ruim está prestes a acontecer
- Tensão muscular, sudorese (suor excessivo), tremores, insônia, coração acelerado, falta de ar
- Desatenção ou dificuldades em manter o foco nas tarefas diárias
O que causa?
A ansiedade excessiva pode surgir de uma combinação de fatores genéticos, ambientais e psicológicos. Ela pode gerar um ciclo vicioso em que os sintomas de falta de atenção e desatenção agravam a sensação de impotência e desconforto emocional.
Como tratar?
O tratamento para a ansiedade pode incluir:
- Psicoterapia (principalmente a Terapia Cognitivo-Comportamental)
- Técnicas de relaxamento e meditação
- Acompanhamento psiquiátrico com acompanhamento contínuo com seu psiquiatra de confiança
- Quando necessário, medicação para ajudar a controlar os sintomas, como o pensamento acelerado e sintomas físicos que podem acompanhar o quadro.
E o que é TDAH? Quando a atenção não para em lugar nenhum
O TDAH é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta a capacidade de uma pessoa de regular a atenção e o comportamento. Os sintomas geralmente começam na infância, mas muitas pessoas só são diagnosticadas na vida adulta, quando os desafios diários tornam-se mais evidentes.
O TDAH é caracterizado por uma falta de capacidade de manter o foco nas tarefas, o que é conhecido como desatenção. Quando o transtorno não é tratado, ele pode gerar grandes dificuldades no ambiente escolar, profissional e social.
Como identificar o TDAH?
Os sintomas do TDAH podem ser agrupados em três grandes categorias: desatenção, hiperatividade e impulsividade.
1. Desatenção:
- Dificuldade em manter o foco nas tarefas
- Falta de atenção em detalhes, frequentemente cometendo erros por distração
- Procrastinação e perda de objetos pessoais
- Desatenção em situações importantes, o que afeta o desempenho no trabalho ou nos estudos
2. Hiperatividade:
- Inquietação motora, como mexer as mãos ou os pés constantemente
- Dificuldade de ficar parado, de se concentrar em uma atividade por longos períodos
3. Impulsividade:
- Atitudes precipitadas sem refletir sobre as consequências
- Interrupção das conversas de outras pessoas
- Dificuldade em esperar a sua vez
Como o TDAH pode impactar a vida de uma pessoa?
O TDAH é frequentemente confundido com outros transtornos, como a ansiedade, pois ambos podem resultar em falta de atenção e dificuldades para focar. As pessoas com TDAH podem parecer desorganizadas, esquecidas e inquietas, o que, se não tratado, pode levar a consequências negativas na vida social e profissional.
Como o diagnóstico de TDAH é feito?
O diagnóstico do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é essencialmente clínico. Isso significa que, até o momento, não há nenhum exame de imagem, teste de sangue ou outro exame laboratorial que possa diagnosticar o TDAH.
Em vez disso, o diagnóstico é feito a partir de uma análise cuidadosa dos sintomas, do histórico do paciente e de como esses sintomas afetam sua vida cotidiana.
É preciso fazer uma avaliação neuropsicológica?
Embora o diagnóstico do TDAH seja clínico, a avaliação neuropsicológica pode ser um exame complementar útil. Mas atenção! Ela não serve para confirmar ou excluir o diagnóstico de TDAH, mas pode ajudar a entender melhor as dimensões cognitivas afetadas.
Este tipo de avaliação é especialmente útil quando há dúvidas sobre o diagnóstico, como em situações de diagnóstico diferencial, onde os sintomas podem se sobrepor a outros transtornos.
Embora a avaliação neuropsicológica seja uma ferramenta valiosa, é o psiquiatra que, a partir de uma avaliação clínica detalhada, realiza o diagnóstico do TDAH.
Este diagnóstico clínico leva em conta a história do paciente, os sintomas presentes e o impacto deles na vida do indivíduo. O psiquiatra é o profissional capacitado para identificar o transtorno e, com base nesse diagnóstico, indicar o melhor plano de tratamento, sempre respeitando as necessidades e individualidades do paciente.
Como tratar?
O tratamento para o TDAH envolve:
- Acompanhamento psiquiátrico, que ajuda a avaliar e ajustar o plano de tratamento
- Psicoterapia especializada para ajudar na organização e regulação emocional
- Estratégias para melhorar a concentração e reduzir a desatenção
- Medicamentos, em casos selecionados, para ajudar a controlar a falta de atenção, hiperatividade e a impulsividade
Quer saber mais sobre o TDAH? Aqui tem uma aula completa onde falo sobre o assunto:
Sintomas em comum entre ansiedade e TDAH: como isso pode tornar o diagnóstico desafiador
Muitas pessoas que sofrem de ansiedade e TDAH acabam enfrentando sintomas que se sobrepõem, o que pode dificultar ainda mais o diagnóstico correto. Entre os sintomas em comum estão:
- Falta de atenção e desatenção em situações cotidianas
- Dificuldade em manter o foco em atividades importantes
- Pensamento acelerado, que pode ser um reflexo tanto da ansiedade quanto do TDAH
- Impulsividade e inquietação, tanto no TDAH quanto no transtorno de ansiedade
- Perda de controle sobre tarefas simples, levando ao frustração
Por isso, um diagnóstico adequado é essencial. Não se trata de simplesmente olhar os sintomas, mas de entender o contexto completo e a história de cada pessoa. Esse diagnóstico precisa ser feito por um profissional qualificado, que tenha o conhecimento necessário para distinguir entre os dois transtornos e oferecer um tratamento adequado.
TDAH x Ansiedade: entenda as diferenças
Apesar de muitas características similares, temos diferenças que permitem que o psiquiatra faça essa diferenciação:
Aspecto | TDAH | Ansiedade |
Natureza | Transtorno neurodesenvolvimental com base genética | Transtorno emocional ligado a preocupações excessivas e medo persistente |
Início dos sintomas | Geralmente antes dos 12 anos | Pode surgir em qualquer fase da vida, frequentemente na adolescência ou início da vida adulta |
Foco dos sintomas | Dificuldade em manter a atenção, impulsividade e, em alguns casos, hiperatividade | Preocupações constantes, medo de eventos futuros e sensação de perigo iminente |
Causas principais | Fatores genéticos e alterações na neuroquímica cerebral | Fatores genéticos, experiências de vida estressantes e disfunções em circuitos cerebrais do medo |
Sintomas físicos | Inquietação motora, dificuldade em permanecer sentado, impulsividade | Tensão muscular, sudorese, tremores, palpitações e insônia |
Padrão de atenção | Atenção dispersa, dificuldade em manter o foco mesmo em atividades de interesse | Atenção prejudicada devido a pensamentos ansiosos e preocupações constantes |
Desencadeadores | Presente em diversas situações, independentemente do contexto | Geralmente relacionado a situações específicas que causam preocupação ou medo |
Tratamento | Acompanhamento psiquiátrico, psicoterapia e, quando indicado, medicação | Psicoterapia (principalmente TCC), técnicas de relaxamento e, em alguns casos, medicação |
Os riscos de um diagnóstico incorreto
Diagnosticar ansiedade e tratar como TDAH ou vice-versa pode resultar em tratamentos inadequados, o que piora a condição do paciente e gera um ciclo de frustração. Quando o diagnóstico é equivocado, os riscos são vários:
- Tratamento inadequado: Se um quadro de ansiedade é tratado como TDAH, o paciente pode não receber o apoio psicológico e as intervenções necessárias para lidar com os pensamentos ansiosos e a sensação de iminente perigo.
- Medicamentos errados: No caso de ansiedade, utilizar medicamentos que são destinados ao tratamento de TDAH pode levar a efeitos colaterais indesejados e até ao agravamento dos sintomas.
- Desperdício de tempo: Um tratamento incorreto pode atrasar a recuperação, deixando a pessoa presa em um ciclo de ineficácia terapêutica, sem alcançar os resultados esperados.
- Piora das comorbidades: O diagnóstico errado pode deixar o paciente mais vulnerável a outras condições psiquiátricas, como a depressão, que pode surgir quando os sintomas de ansiedade ou TDAH não são tratados de forma correta.
O diagnóstico correto faz toda a diferença
Muitas pessoas passam anos tentando lidar sozinhas com os sintomas, acreditando que precisam apenas “se esforçar mais”, mudar a rotina ou dormir melhor. Enquanto isso, o sofrimento se acumula, e o risco de desenvolver outras condições aumenta.
Um diagnóstico equivocado ou tardio pode levar a:
- Uso inadequado de medicação
- Falta de resposta ao tratamento psicológico
- Piora progressiva dos sintomas
- Perda de oportunidades acadêmicas, profissionais e sociais
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Dr. William Alves
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